Medo vs Ansiedade
Hoje continuamos a falar sobre emoções (porque nunca é demais, certo?) e trago-vos o medo e a ansiedade.
Muita gente tem falado sobre ansiedade (e ainda bem!), mas já alguma vez, parou para pensar na relação entre o medo e a ansiedade?

Toda a gente sente medo e ansiedade pelas mais diferentes razões e nos mais diversos contextos, ainda que ninguém goste de as sentir nem de falar delas.
O medo é uma emoção básica nos seres humanos (ainda que não seja exclusivamente humana), sendo caracterizada por um conjunto de sensações, normalmente desagradáveis, causadas pela percepção de algum perigo. Esta percepção origina mecanismos de defesa que nos fazem lutar ou fugir do potencial perigo/ameaça. Quando sentimos medo, este sobrepõe-se a toda e qualquer outra emoção, originando por vezes reações extremas e pouco equilibradas. No entanto, é graças a esta reação automatizada que a espécie humana chegou até hoje sem se extinguir, validando aquilo que sabemos através de Charles Darwin, que só sobrevivem os que melhor se adaptam.
Por sua vez, a ansiedade, trata-se de uma experiência emocional (designada também enquanto emoção secundária) caracterizada por uma sensação de medo causada pela antecipação de algo que é percepcionado como um perigo ou ameaça. Assim, quando estamos perante uma situação ameaçadora, o nosso organismo reage de forma involuntária e automática, através, por exemplo, da contração dos músculos e/ou do aumento do batimento cardíaco. Assim, podemos dizer que a ansiedade diz respeito a um medo que se sente perante algo, ainda que não se consiga identificar exatamente o quê.
Em suma, o medo refere-se a uma emoção gerada por um perigo real e iminente e encontra-se associado ao estímulo que o provoca enquanto que a ansiedade é desencadeada pela antecipação de um acontecimento futuro imprevisível e menos compreensível para o próprio indivíduo.

O medo e a ansiedade são, efetivamente, emoções desagradáveis de se sentir, gerando mal-estar e uma sensação de perda de controlo. Muitas vezes, em ambos os casos, podem desencadear várias reações físicas, como por exemplo o aumento da frequência cardíaca e respiratória. No entanto, sentir medo e/ou ansiedade é normativo e protetor, pelo que só deve ser considerado problemático quando se torna intenso, desproporcionado e persistente (patológico).